quarta-feira, 27 de julho de 2011

Auxílios aos que obedecem

Oi. Os atrasos em transcrever minhas meditações têm sido devidos às viagens e muitas ocupações nestes dias. Espero ter sua compreensão.
Aí vai a meditação de hoje, seguindo a leitura do Novo Testamento que fazemos na IMUB.


Atos 27:21-26
(21)  Visto que os homens tinham passado muito tempo sem comer, Paulo levantou-se diante deles e disse: "Os senhores deviam ter aceitado o meu conselho de não partir de Creta, pois assim teriam evitado este dano e prejuízo.
(22)  Mas agora recomendo-lhes que tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida; apenas o navio será destruído.
(23)  Pois ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me:
(24)  ‘Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César; Deus, por sua graça, deu-lhe as vidas de todos os que estão navegando com você’.
(25)  Assim, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá do modo como me foi dito.
(26)  Devemos ser arrastados para alguma ilha".

Muitas vezes temos uma visão errada da bênção. Achamos que tudo tem que estar nas melhores condições para que possamos sentir segurança da presença de Deus conosco.

José não parecia estar prosperando na cova, nem no mercado de escravos, nem na masmorra... Mas estava crescendo no plano de Deus.

Paulo não tinha o controle de nenhuma situação, mas por estar em obediência, mesmo como prisioneiro e em meio a uma tempestade mortal, estava prosperando no plano de Deus.

Assim, podemos afirmar o mesmo que o salmista: “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” (Salmos 46:1), e podemos estar certos de que receberemos sempre o auxílio do Senhor quando estivermos obedecendo.

Veja os auxílios que Paulo recebeu e que nós também recebemos ao obedecermos a Deus:

1. Orientação em meio à desordem (versículos 23, 24)

Quando estamos andando com o Senhor, mesmo em meio à maior tempestade, o seu Anjo nos dará a orientação necessária.

2. Salvação dos que nos acompanham (versículos 24 e 44)

Paulo certamente estava orando não apenas por seus interesses, mas pela vida de todos que estavam com ele.

Deste modo, podemos confiar nele para a salvação daqueles que vão na viagem conosco.

 "Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa".  (Atos 16:31) e Mas, eu e a minha família serviremos ao Senhor”.  (Josué 24:15)

3. Graça e autoridade diante dos homens  (versículos 31-43)

Seu conselho passa a ser ouvido atentamente  (versículos 31, 32)

Sua palavra adquire autoridade e seu exemplo é seguido (versículos 33-36)

Por amor dele os demais prisioneiros não foram mortos... (versículos 42 e 43)

4. Cumprimento do propósito que ele estabeleceu e pôs no nosso coração

A Ilha de Malta foi alcançada pela Palavra de Deus.

Paulo chega a Roma para sua missão naquele lugar.

Assim, apesar das provas, devemos considerar glorioso sofrer pelo nome do Senhor Jesus Cristo e fazer a vontade dele.

Paulo prosperou naquilo para que o que Deus o havia designado. Assim acontece com o mensageiro como com a Palavra.

assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.” (Isaías 55:11)

 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.” (Rm 8.17)

Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele” (Fp 1.29)

Até onde vai o nosso compromisso com Cristo? Será que o estamos obedecendo em tudo para podermos contar com o seu auxílio em meio à tribulação?

domingo, 24 de julho de 2011

Feliz

Salmos 94:12-13
(12)  Como é feliz o homem a quem disciplinas, Senhor, aquele a quem ensinas a tua lei;
(13)  tranqüilo, enfrentará os dias maus, enquanto que, para os ímpios, uma cova se abrirá.

O homem feliz não é o que não sofre.

É o que é disciplinado por Deus a cada dia e aprende os princípios revelados na Lei.

Nos dias maus ele terá descanso.

O Senhor não o desamparará.


Eu te amo, ó Deus, porque a tua disciplina produz em nós santidade e vida.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A vontade do Senhor


Atos 21:4-14
(4)  Encontrando os discípulos dali, ficamos com eles sete dias. Eles, pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém.
(5)  Mas quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade, e ali na praia nos ajoelhamos e oramos.
(6)  Depois de nos despedirmos, embarcamos, e eles voltaram para casa.
(7)  Demos prosseguimento à nossa viagem partindo de Tiro, e aportamos em Ptolemaida, onde saudamos os irmãos e passamos um dia com eles.
(8)  Partindo no dia seguinte, chegamos a Cesaréia e ficamos na casa de Filipe, o evangelista, um dos sete.
(9)  Ele tinha quatro filhas virgens, que profetizavam.
(10)  Depois de passarmos ali vários dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo.
(11)  Vindo ao nosso encontro, tomou o cinto de Paulo e, amarrando as suas próprias mãos e pés, disse: "Assim diz o Espírito Santo: ‘Desta maneira os judeus amarrarão o dono deste cinto em Jerusalém e o entregarão aos gentios’ ".
(12)  Quando ouvimos isso, nós e o povo dali rogamos a Paulo que não subisse para Jerusalém.
(13)  Então Paulo respondeu: "Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus".
(14)  Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e dissemos: "Seja feita a vontade do Senhor".

É importante notar como Paulo encarava as profecias.

Elas não eram diretivas para ele, mas apenas confirmativas.

Os profetas podiam dizer o que iria acontecer, e estavam cientes e conscientizando a Paulo e aos demais irmãos sobre os sofrimentos que viriam se ele fosse a Jerusalém.

Mas a questão que ocupava a mente de Paulo era se o Senhor queria ou não que ele fosse, apesar do sofrimento previsto.

Jesus também sabia que sofreria, e sua preocupação no Getsêmani não era fugir do cálice de sofrimento, mas se o Pai queria que ele fosse e se aquela era a sua hora.

A vontade do Senhor é prioritária. Sofrer ou livrar-se do sofrimento é questão secundária.

Paulo estava convicto de que era vontade do Senhor que ele fosse, embora soubesse que prisão e sofrimentos o aguardavam.

"Agora, compelido pelo Espírito, estou indo para Jerusalém, sem saber o que me acontecerá ali, senão que, em todas as cidades, o Espírito Santo me avisa que prisões e sofrimentos me esperam.” (Atos 20:22-23)

Assim, sabendo que iria sofrer, não fugiu do sofrimento amparando-se em profecias.

As palavras de conhecimento (revelações) dos profetas eram-lhe complementos, confirmações do que o Espírito Santo já lhe dizia.

Do mesmo modo, Ágabo, um verdadeiro profeta, apenas diz o que fariam a Paulo em Jerusalém. Mas não se atreve a dizer se Paulo deveria ou não ir. A decisão era de Paulo.

O verdadeiro profeta conscientiza seus irmãos do que irão enfrentar, mas não se considera senhor das decisões deles. Sabe que a verdadeira direção tem de ser dada ao discípulo pelo Espírito Santo.

A interpretação que os irmãos davam às palavras de conhecimento (revelações) dos profetas era de que Paulo não deveria ir. Isto porque eles interpretavam motivados pela estima e sentimentos que tinham por Paulo.

Mas Paulo sabia que deveria ir, mesmo a despeito do sofrimento que o esperava.

Assim, é preciso maturidade para entender as palavras proféticas e o discípulo não deve depender somente da palavra de outros para discernir a vontade do Senhor.

As profecias podem conter mandamentos, mas sempre serão complemento e nunca o meio principal da direção de Deus.

Ajuda-nos, Senhor, a discernir tua vontade e obedecer mesmo quando isto represente algo que não queremos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Obediência


Mateus 21:28-32
(28)  "O que acham? Havia um homem que tinha dois filhos. Chegando ao primeiro, disse: ‘Filho, vá trabalhar hoje na vinha’.
(29)  "E este respondeu: ‘Não quero! ’ Mas depois mudou de idéia e foi.
(30)  "O pai chegou ao outro filho e disse a mesma coisa. Ele respondeu: ‘Sim, senhor! ’ Mas não foi.
(31)  "Qual dos dois fez a vontade do pai? " "O primeiro", responderam eles. Jesus lhes disse: "Digo-lhes a verdade: Os publicanos e as prostitutas estão entrando antes de vocês no Reino de Deus.
(32)  Porque João veio para lhes mostrar o caminho da justiça, e vocês não creram nele, mas os publicanos e as prostitutas creram. E, mesmo depois de verem isso, vocês não se arrependeram nem creram nele".

Jesus mostra que o mais importante não é a resposta que damos de lábios ao seu chamado, mas as atitudes que mostramos depois.

A obediência na vida mostra a fé que temos.

Ó Deus, ajuda-me a compreender o teu querer e a querer realizá-lo a cada dia.

domingo, 17 de julho de 2011

Motivação


Jó 1:8-12
(8)  Disse então o Senhor a Satanás: "Reparou em meu servo Jó? Não há ninguém na terra como ele, irrepreensível, íntegro, homem que teme a Deus e evita o mal".
(9)  "Será que Jó não tem razões para temer a Deus? ", respondeu Satanás.
(10)  "Acaso não puseste uma cerca em volta dele, da família dele e de tudo o que ele possui? Tu mesmo tens abençoado tudo o que ele faz, de modo que todos os seus rebanhos estão espalhados por toda a terra.
(11)  Mas estende a tua mão e fere tudo o que ele tem, e com certeza ele te amaldiçoará na tua face. "
(12)  O Senhor disse a Satanás: "Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não encoste um dedo nele". Então Satanás saiu da presença do Senhor.

No livro de Jó aprendo a importância de servirmos a Deus por fé e amor.

O desafio de Satanás foi que Jó somente servia a Deus pelos benefícios que tinha na sua vida material.

Será que sirvo a Deus apenas para obter as coisas que vêm dele?

Por isso a prova é tão importante na vida. Ela revela nossas verdadeiras motivações e qual é a qualidade da nossa fé.

sábado, 16 de julho de 2011

Cuidar de si mesmo


Atos 20:28-36
(28)  Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue.
(29)  Sei que, depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho.
(30)  E dentre vocês mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, a fim de atrair os discípulos.
(31)  Por isso, vigiem! Lembrem-se de que durante três anos jamais cessei de advertir a cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas.
(32)  "Agora, eu os entrego a Deus e à palavra da sua graça, que pode edificá-los e dar-lhes herança entre todos os que são santificados.
(33)  Não cobicei a prata nem o ouro nem as roupas de ninguém.
(34)  Vocês mesmos sabem que estas minhas mãos supriram minhas necessidades e as de meus companheiros.
(35)  Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ ".
(36)  Tendo dito isso, ajoelhou-se com todos eles e orou.

Os pastores e líderes precisam cuidar primeiro de si mesmos, e, então, do rebanho (verso 28).

Isto não significa colocar seus interesses em primeiro lugar. 

A palavra cuidar aqui, refere-se ao pastoreamento espiritual. É preciso mantermos a nossa vida exemplar.

Por descuidarmos de nós mesmos podemos cair em enganos e tentações, especialmente a tentação de dominar o rebanho motivados por interesses próprios (versos 29 a 31).

Por isso, no cuidado de nós mesmos, precisamos estar entregues (submissos) a Deus e à Palavra da sua graça (verso 32) e seguir sempre os bons exemplos, especialmente daqueles que não são preguiçosos e não se dedicam à obra por motivações financeiras.

E o supremo exemplo é o Senhor, que se deu por nós. Ele viveu e ensinou que “há mais felicidade em dar do que em receber”.

Ajuda-nos, Senhor, a pastorear o nosso próprio coração submissos a Ti e à tua palavra.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O mais precioso


Atos 20:24
Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.

Para o verdadeiro discípulo, o que há de mais precioso é o serviço (ministério) QUE RECEBEU DO Senhor de testemunhar do evangelho da graça de Deus.

Chegar ao final da sua corrida (carreira) e completar o seu serviço é muito mais importante do que a própria vida, como o foi para o Senhor Jesus.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Conflito econômico


Atos 19:23-27
(23)  Naquele tempo houve um grande tumulto por causa do Caminho.
(24)  Um ourives chamado Demétrio, que fazia miniaturas de prata do templo de Ártemis e que dava muito lucro aos artífices,
(25)  reuniu-os juntamente com os trabalhadores dessa profissão e disse: "Senhores, vocês sabem que temos uma boa fonte de lucro nesta atividade
(26)  e estão vendo e ouvindo como este indivíduo, Paulo, está convencendo e desviando grande número de pessoas aqui em Éfeso e em quase toda a província da Ásia. Diz ele que deuses feitos por mãos humanas não são deuses.
(27)  Não somente há o perigo de nossa profissão perder sua reputação, mas também de o templo da grande deusa Ártemis cair em descrédito e de a própria deusa, adorada em toda a província da Ásia e em todo o mundo, ser destituída de sua majestade divina".

A perseguição ao Evangelho muitas vezes se dá quando este confronta estruturas econômicas perversas.

O amor ao dinheiro é mesmo raiz de toda espécie de mal (conf. 1 Timóteo 6.10).

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Muita gente


Atos 18:9-11
(9)  Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: "Não tenha medo, continue falando e não fique calado,
(10)  pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade".
(11)  Assim, Paulo ficou ali durante um ano e meio, ensinando-lhes a palavra de Deus.

Certamente esta palavra dada em visão a Paulo era específica para ele naquela situação.

Mas há um princípio que podemos extrair daí e que deve nos animar a permanecer firme onde estivermos pregando o Evangelho.

O Senhor disse a Paulo que tinha muita gente na cidade de Corinto.

Então, Paulo devia permanecer lá até alcançar aquela gente que Deus já tinha.

Deste modo, devemos crer que Deus tem muita gente que ainda está para ser alcançada.

Isto significa que Deus, em sua sabedoria e soberania, conhece aqueles que responderão à palavra do Evangelho. Mas a nós cabe pregarmos. Os resultados virão, porque Deus conhece os que lhe pertencem (veja João 10.4 e 2 Timóteo 2.19).

Há um povo de Deus a ser alcançado. Para isto devemos nos esforçar, certos de que o alcançaremos.

Por isso, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus, com glória eterna.”  (2 Timóteo 2:10)

Ajuda-me, Senhor, a alcançar os que são teus.

Mais nobres


Atos 17:11-12
(11)  Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.
(12)  E creram muitos dentre os judeus, bem como dentre os gregos, um bom número de mulheres de elevada posição e não poucos homens.

Os bereanos foram mais nobres porque examinavam as Escrituras todos os dias para ver se tudo era como Paulo estava pregando.

Fico pensando em quão pouco nobres são os crentes de hoje, que em sua grande maioria não examinam as Escrituras. Por isso têm tão pouco conhecimento de Deus e tão pouca capacidade para julgar os ensinos que andam por aí.

A verdadeira conversão e a nobreza do cristão estão relacionadas ao interesse com que ele examina as Escrituras, pois elas “... são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus.”  (2 Timóteo 3:15)

Ó Deus, ajuda-me a tratar as Escrituras com a nobreza de que elas são dignas.

terça-feira, 12 de julho de 2011

ERRATA

Peço desculpas a você pela postagem do dia 10. Havia um erro no penúltimo parágrafo.
Eu tinha, por engano, digitado: "Deus não sabe tudo"... mas o certo é: "Deus sabe tudo..."
Não recebi nenhum comentário observando isto, mas a Mírcia observou o deslize... eta mulher maravilhosa, einh... daí, agora está corrigido.
Um abração.

Outro Rei


Atos 17:2-7
(2)  Segundo o seu costume, Paulo foi à sinagoga e por três sábados discutiu com eles com base nas Escrituras,
(3)  explicando e provando que o Cristo deveria sofrer e ressuscitar dentre os mortos. E dizia: "Este Jesus que lhes proclamo é o Cristo".
(4)  Alguns dos judeus foram persuadidos e se uniram a Paulo e Silas, bem como muitos gregos tementes a Deus, e não poucas mulheres de alta posição.
(5)  Mas os judeus ficaram com inveja. Reuniram alguns homens perversos dentre os desocupados e, com a multidão, iniciaram um tumulto na cidade. Invadiram a casa de Jasom, em busca de Paulo e Silas, a fim de trazê-los para o meio da multidão.
(6)  Contudo, não os achando, arrastaram Jasom e alguns outros irmãos para diante dos oficiais da cidade, gritando: "Esses homens que têm causado alvoroço por todo o mundo, agora chegaram aqui,
(7)  e Jasom os recebeu em sua casa. Todos eles estão agindo contra os decretos de César, dizendo que existe um outro rei, chamado Jesus".

A acusação dos inimigos de Paulo era que ele e seus companheiros viviam e ensinavam um procedimento que era contrário aos decretos de Cesar, pois afirmavam que Jesus era outro “Rei”. 

Esta era uma acusação gravíssima que foi usada contra os cristãos a partir daí e trouxe grande perseguição à igreja nos primeiros séculos, pois, do ponto de vista romano, dizer que se estava seguindo a outro rei implicava em desobediência a César e afronta ao império romano.

Eles acusam os apóstolos dizendo que eles estavam “transtornando” o mundo (versículo 6 na versão Almeida, Revista e Atualizada), numa expressão que literalmente significava “colocar as coisas de cabeça para baixo”, inverter valores, etc.

Embora os apóstolos não ensinassem uma desobediência a César, a verdade central do evangelho é o Senhorio absoluto de Cristo. Ou seja, Jesus é o Rei para os seus discípulos. E não apenas “um” rei, mas “O REI”. O Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis.”  (Apocalipse 17:14)

 “a qual Deus fará se cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.“ (1 Timóteo 6:15)

Isto deve nos fazer avaliar sinceramente a nossa fé.

Na língua grega a acusação dos inimigos era de que os cristãos tinham “costumes” e um “modo de vida” que revelavam que eles pertenciam a outro “reino”, ou outro “fundamento de poder” (do grego “basileus”). 

Ou seja, seu comportamento mostrava que pertenciam a outro reino, e proclamavam outro rei.

Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.”  (João 18:36)

Neste tempo de tanta decepção e vergonha política devemos, mais do que nunca, proclamar outro rei. Mas não somente proclamar com a nossa boca. Precisamos viver de tal maneira que o mundo reconheça que estamos invertendo as coisas, que estamos obedecendo às leis de outro reino, que estamos seguindo outro Rei.

Ajuda-nos, Senhor, a viver como súditos do Teu Reino.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Louvor na dor


Atos 16:25-26
(25)  Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.
(26)  De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos.

Há diversos temas importantes no capítulo 16 de Atos.

Entretanto, não podemos deixar de observar que, ao servirmos a Deus, mesmo nossas perdas são transformadas em ganhos. Mesmo nossas dores, quando louvamos, são transformadas em alegrias e vitórias.

Paulo e Silas, ao libertarem aquela jovem de um espírito de adivinhação, mexeram com um vespeiro.

Os senhores (proprietários) daquela escrava ganhavam dinheiro com suas capacidades paranormais. Agora, sem o lucro, voltaram seu ódio e influência contra os apóstolos e conseguiram que eles fossem açoitados e lançados em prisão. 

Imagine seus pés presos num tronco de madeira numa cela fria e suja, suas costas sangrando com cortes profundos de açoites depois de uma surra em praça pública, insetos, etc...

E eles não tinham feito nada errado, nem estavam lá fazendo algum negócio que lhes desse algum lucro pessoal. Estavam lá pregando o Evangelho, e seguindo a direção do Espírito Santo.

É... servir a Deus não nos isenta de dores... às vezes até no-las causa...

Feridos, sangrando e sofrendo tortura, com os pés e, provavelmente, as mãos presos em troncos de madeira, não tinham perspectiva de como seria o outro dia...

Entretanto, eles cantavam louvores.

Não sabemos o que teria acontecido se eles ficassem reclamando e aborrecidos com Deus.
Mas sabemos que, ao louvarem, Deus agiu.

E não somente eles foram aliviados de sua prisão, mas tiveram mais frutos. Mais uma família se converteu ao Senhor.

Precisamos aprender a cantar e louvar quando as coisas não nos vão bem.

E, certamente, Deus, que vê o coração confiante e fiel, nos abençoará.

Façamos o compromisso do salmista “Bendirei o Senhor o tempo todo! Os meus lábios sempre o louvarão.” (Salmos 34:1)

domingo, 10 de julho de 2011

Espíritos


Atos 16:16-21
(16)  Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.
(17)  Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação.
(18)  Isto se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma hora, saiu.
(19)  Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a esperança do lucro, agarrando em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença das autoridades;
(20)  e, levando-os aos pretores, disseram: Estes homens, sendo judeus, perturbam a nossa cidade,
(21)  propagando costumes que não podemos receber, nem praticar, porque somos romanos.

É interessante notar como a Bíblia afirma e descreve a existência de espíritos que realizam coisas sobrenaturais. Entretanto, jamais atribui a estes espíritos uma qualidade positiva ou aprova a sua atuação.

Veja que a jovem deste texto tinha um espírito que predizia o futuro e, por isso, ganhava muito dinheiro para os seus senhores com adivinhações.

Esta prática e estes espíritos sempre acompanharam a humanidade.

E Deus sempre advertiu seu povo quanto aos seus perigos:

"Não vos voltareis para os necromantes (que consultam os mortos), nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus."  (Levítico 19:31)

"Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?"  (Isaías 8:19)

Este é um velho engano no qual muitos caem, pois há muitas práticas e ensinos religiosos baseados no relacionamento e consulta a estes espíritos. Há até religiões inteiras fundamentadas nestes fenômenos e ensinos enganadores

E, infelizmente, mesmo muitos cristãos caem em confusão, pois, em vez de procurar a direção de Deus, em oração e por meio das Escrituras e do conselho dos verdadeiros profetas de Deus, andam de um lugar para outro buscando uma palavra de “revelação” ou “profecia” que lhes sirva de guia.

Deixam de ouvir a voz de Deus e, considerando o sobrenatural como um sinal de Deus, aliam a isto o engano do seu próprio coração.

"Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhadores, que sempre sonham segundo o vosso desejo."  (Jeremias 29:8)

Creio em profecias e palavras de Deus, pois isto é bíblico. Entretanto já vi muitos se desencaminharem e caírem no erro em que Israel caiu muitas vezes nos tempos antigos.

Não nos deixemos enganar. Deus sabe tudo, mas não coloca seu conhecimento a serviço de nossas ambições. Deus não se presta a ficar nos dizendo o que vai acontecer amanhã, ele nos dá direção por princípios e quer que aprendamos a confiar nele em todas as circunstâncias. Deus não manipula, aconselha. Deus não quer que sejamos enganados e, por isso nos deu sua Palavra e seu Espírito.

Assim, devemos aprender que nem tudo que é sobrenatural ou impressionante vem de Deus, e que o mais sábio, portanto, é ter um padrão seguro para julgar todas as coisas: a Palavra de Deus.

sábado, 9 de julho de 2011

Religião X Evangelho


A religião é a obra do homem; o Evangelho nos foi dado por Deus.

A religião é o que o homem faz por Deus; o Evangelho é o que Deus tem feito pelo homem.

A religião é o homem em busca de Deus; o Evangelho é Deus buscando o homem.

A religião é o homem tentando subir a escada de sua própria justiça, na esperança de encontrar-se com Deus no último degrau; o Evangelho é Deus descendo a escada através da encarnação em Jesus Cristo e encontrando-se conosco, na condição de pecadores, no primeiro degrau.

A religião é constituída de bons pontos de vista; o Evangelho, de boas novas.

A religião traz bons conselhos; o Evangelho traz uma gloriosa proclamação.

A religião TRANSTORNA o homem porque ele tenta mudar, mas fica como está; o Evangelho TRANSFORMA o homem naquilo que ele deve ser (uma nova criatura em Cristo Jesus) partindo do ponto onde ele está.

A religião termina com uma reforma exterior; o Evangelho termina com uma transformação interior.

A religião passa uma caiação, o evangelho alveja.
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. (Mateus 23.27)

A religião muitas vezes torna-se uma farsa; o Evangelho é sempre uma força, é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

“Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê...”(Romanos 1.16)

Há muitas religiões, mas apenas um Evangelho.

A religião enfatiza o “fazer” (e, às vezes, o “ter”), o Evangelho enfatiza a condição de “ser”.

A religião diz: “tente fazer o bem e continue tentando fazer o que é certo e, eventualmente, você se tornará bom”; o Evangelho diz: “primeiro você nasce de novo, pela graça de Deus e então, como conseqüência, você fará o bem.”

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”(Efésios 2.10)

A religião coloca em destaque princípios, preceitos, códigos e credos; o Evangelho coloca em destaque uma pessoa: JESUS CRISTO.

A religião diz: “lute para alcançar”; o Evangelho diz: “obtenha de graça”.

A religião diz: “tente”; o Evangelho diz: “receba”.

A religião diz “esforce-se”; o Evangelho diz: “confie”.

A religião diz: “desenvolva-se a si mesmo”; o Evangelho diz: “negue-se a si mesmo” (Lucas 9.23)

A religião diz: “salve-se por seus merecimentos”; o Evangelho diz: “seja salvo pela graça, mesmo sem merecimento algum” (Efésios 2.9-10)

A religião diz: “conquiste por suas forças”; o Evangelho diz: “entregue-se a Cristo”.

A religião diz: “faça... faça isto, faça aquilo, e será salvo”; o Evangelho afirma: “tudo já foi feito – creia e será salvo”. 

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”(João 3.16).

O Evangelho são boas novas de salvação. O Evangelho é Deus salvando você pela graça. E graça é Deus dando tudo e fazendo tudo por quem nada merece e nunca terá condições de merecer.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2.8,9)

“Arrependei-vos, e crede no EVANGELHO” (Marcos 1.15)

Fonte: Jornal Semeador n.º 17 – Pr. Glênio Fonseca Paranaguá – Londrina – PR; Bíblia Sagrada (versão ARC) e anotações particulares dos Pr. A. C. Vieira e Edison A. Grando.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Boa notícia


Atos 15:1
(1)  Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos".

Atos 15:24-31
(24)  Soubemos que alguns saíram de nosso meio, sem nossa autorização, e os perturbaram, transtornando suas mentes com o que disseram.
(25)  Assim, concordamos todos em escolher alguns homens e enviá-los a vocês com nossos amados irmãos Paulo e Barnabé,
(26)  homens que têm arriscado a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
(27)  Portanto, estamos enviando Judas e Silas para confirmarem verbalmente o que estamos escrevendo.
(28)  Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além das seguintes exigências necessárias:
(29)  Abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual. Vocês farão bem em evitar essas coisas. Que tudo lhes vá bem.
(30)  Uma vez despedidos, os homens desceram para Antioquia, onde reuniram a igreja e entregaram a carta.
(31)  Os irmãos a leram e se alegraram com a sua animadora mensagem.

O legalismo e o liberalismo são duas formas de humanismo religioso.

Neste capítulo destaca-se o legalismo. A crença na salvação por meio de obras e abstinências.

Entre os discursos de Jesus, o mais duro foi contra os fariseus, pela hipocrisia e justiça própria deles (veja Mateus 23). 

Mas olha quem aparece logo no início da igreja (Atos 11.2 e 3) questionando porque Pedro rompera costumes judaicos! 

E olha agora eles aí de novo, infernizando a vida dos novos discípulos que se converteram entre os não judeus (Atos 15.1)! Quem? Eles mesmo, os fariseus (Atos 15.5).

Desde o início da igreja aparece este grupo que, embora afirmando crer em Jesus, continuava confiando em sua própria capacidade de guardar mandamentos e regras para ser salvo.

E ao longo da história eles aparecem muitas e muitas vezes, com nomes e formatos diferentes, mas sempre torturando os convertidos e tornando pesado o jugo que Jesus disse que é leve.

A confiança em obras e na observação de regras evidencia uma confiança na própria capacidade humana para salvar-se.

Entretanto, o verdadeiro cristianismo não é isto.

A fé em Cristo não despreza a Lei, mas entende que ela não tem o poder de salvar.

A Lei (e, de certo modo, todo o Velho Testamento), serve justamente para evidenciar a incapacidade do homem de cumprir os mandamentos de Deus.

Assim, a Lei serve para condenar. 

É como um exame que mostra a doença. Como um raio “x”que mostra a fratura.

E o quê você faz quando um exame mostra que você está doente? Não vai procurar o tratamento?

É por isso que a palavra grega “evangelho” significa “boa notícia”.

Boa notícia por quê? Porque na Lei tínhamos uma sentença de morte. Por ela estávamos condenados. Ela revelou o “câncer” maligno que nos destruía e matava. Mas em Cristo “... vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9).

Quem não tem o câncer (ou acha que não tem) não se alegra com a notícia da cura encontrada, mas quem já recebeu a sentença e não tinha esperança, pode saltar de alegria.

A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Esta é a “boa notícia”.

E, se o próprio Deus, vendo que nós, mortais, não poderíamos ser salvos tentando nos livrar dos nossos pecados observando normas e fazendo obras de justiça... Sim, se o próprio Deus, vendo isto, enviou Jesus para nos salvar por seu sacrifício, transformar a fé em Jesus num conjunto de mandamentos e regras ou sujeitá-la ao judaísmo ou a qualquer outro ismo cheio de legalismo é uma verdadeira blasfêmia. É a teimosia do canceroso querendo curar-se com seus chás inúteis e desprezando a radical cirurgia de Deus.

Ainda hoje, dia a dia, a Igreja tem esta tendência de se encher de regras e normas para medir sua justiça, sem entender que estas mesmas regras e normas só irão produzir dor e auto engano.

Não quero pregar o antinomismo (vida sem regras) ou o liberalismo libertino (Judas 1.4), mas apenas lembrar que ser cristão não é ser judeu, nem fariseu, nem viver confiando em suas próprias forças. Ser cristão é andar com Cristo e obedecer-lhe, recebendo dele, nesta caminhada, o poder de ser como Ele mesmo é.

Obrigado, Senhor, por teu jugo suave... pelo fardo leve que agora carrego no lugar do peso que levaste para mim.