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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Boa notícia


Atos 15:1
(1)  Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos".

Atos 15:24-31
(24)  Soubemos que alguns saíram de nosso meio, sem nossa autorização, e os perturbaram, transtornando suas mentes com o que disseram.
(25)  Assim, concordamos todos em escolher alguns homens e enviá-los a vocês com nossos amados irmãos Paulo e Barnabé,
(26)  homens que têm arriscado a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
(27)  Portanto, estamos enviando Judas e Silas para confirmarem verbalmente o que estamos escrevendo.
(28)  Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além das seguintes exigências necessárias:
(29)  Abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual. Vocês farão bem em evitar essas coisas. Que tudo lhes vá bem.
(30)  Uma vez despedidos, os homens desceram para Antioquia, onde reuniram a igreja e entregaram a carta.
(31)  Os irmãos a leram e se alegraram com a sua animadora mensagem.

O legalismo e o liberalismo são duas formas de humanismo religioso.

Neste capítulo destaca-se o legalismo. A crença na salvação por meio de obras e abstinências.

Entre os discursos de Jesus, o mais duro foi contra os fariseus, pela hipocrisia e justiça própria deles (veja Mateus 23). 

Mas olha quem aparece logo no início da igreja (Atos 11.2 e 3) questionando porque Pedro rompera costumes judaicos! 

E olha agora eles aí de novo, infernizando a vida dos novos discípulos que se converteram entre os não judeus (Atos 15.1)! Quem? Eles mesmo, os fariseus (Atos 15.5).

Desde o início da igreja aparece este grupo que, embora afirmando crer em Jesus, continuava confiando em sua própria capacidade de guardar mandamentos e regras para ser salvo.

E ao longo da história eles aparecem muitas e muitas vezes, com nomes e formatos diferentes, mas sempre torturando os convertidos e tornando pesado o jugo que Jesus disse que é leve.

A confiança em obras e na observação de regras evidencia uma confiança na própria capacidade humana para salvar-se.

Entretanto, o verdadeiro cristianismo não é isto.

A fé em Cristo não despreza a Lei, mas entende que ela não tem o poder de salvar.

A Lei (e, de certo modo, todo o Velho Testamento), serve justamente para evidenciar a incapacidade do homem de cumprir os mandamentos de Deus.

Assim, a Lei serve para condenar. 

É como um exame que mostra a doença. Como um raio “x”que mostra a fratura.

E o quê você faz quando um exame mostra que você está doente? Não vai procurar o tratamento?

É por isso que a palavra grega “evangelho” significa “boa notícia”.

Boa notícia por quê? Porque na Lei tínhamos uma sentença de morte. Por ela estávamos condenados. Ela revelou o “câncer” maligno que nos destruía e matava. Mas em Cristo “... vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9).

Quem não tem o câncer (ou acha que não tem) não se alegra com a notícia da cura encontrada, mas quem já recebeu a sentença e não tinha esperança, pode saltar de alegria.

A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Esta é a “boa notícia”.

E, se o próprio Deus, vendo que nós, mortais, não poderíamos ser salvos tentando nos livrar dos nossos pecados observando normas e fazendo obras de justiça... Sim, se o próprio Deus, vendo isto, enviou Jesus para nos salvar por seu sacrifício, transformar a fé em Jesus num conjunto de mandamentos e regras ou sujeitá-la ao judaísmo ou a qualquer outro ismo cheio de legalismo é uma verdadeira blasfêmia. É a teimosia do canceroso querendo curar-se com seus chás inúteis e desprezando a radical cirurgia de Deus.

Ainda hoje, dia a dia, a Igreja tem esta tendência de se encher de regras e normas para medir sua justiça, sem entender que estas mesmas regras e normas só irão produzir dor e auto engano.

Não quero pregar o antinomismo (vida sem regras) ou o liberalismo libertino (Judas 1.4), mas apenas lembrar que ser cristão não é ser judeu, nem fariseu, nem viver confiando em suas próprias forças. Ser cristão é andar com Cristo e obedecer-lhe, recebendo dele, nesta caminhada, o poder de ser como Ele mesmo é.

Obrigado, Senhor, por teu jugo suave... pelo fardo leve que agora carrego no lugar do peso que levaste para mim.

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