Atos 15:1
(1) Alguns homens desceram da Judéia para Antioquia e passaram a ensinar aos irmãos: "Se vocês não forem circuncidados conforme o costume ensinado por Moisés, não poderão ser salvos".
Atos 15:24-31
(24) Soubemos que alguns saíram de nosso meio, sem nossa autorização, e os perturbaram, transtornando suas mentes com o que disseram.
(25) Assim, concordamos todos em escolher alguns homens e enviá-los a vocês com nossos amados irmãos Paulo e Barnabé,
(26) homens que têm arriscado a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
(27) Portanto, estamos enviando Judas e Silas para confirmarem verbalmente o que estamos escrevendo.
(28) Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não impor a vocês nada além das seguintes exigências necessárias:
(29) Abster-se de comida sacrificada aos ídolos, do sangue, da carne de animais estrangulados e da imoralidade sexual. Vocês farão bem em evitar essas coisas. Que tudo lhes vá bem.
(30) Uma vez despedidos, os homens desceram para Antioquia, onde reuniram a igreja e entregaram a carta.
(31) Os irmãos a leram e se alegraram com a sua animadora mensagem.
O legalismo e o liberalismo são duas formas de humanismo religioso.
Neste capítulo destaca-se o legalismo. A crença na salvação por meio de obras e abstinências.
Entre os discursos de Jesus, o mais duro foi contra os fariseus, pela hipocrisia e justiça própria deles (veja Mateus 23).
Mas olha quem aparece logo no início da igreja (Atos 11.2 e 3) questionando porque Pedro rompera costumes judaicos!
E olha agora eles aí de novo, infernizando a vida dos novos discípulos que se converteram entre os não judeus (Atos 15.1)! Quem? Eles mesmo, os fariseus (Atos 15.5).
Desde o início da igreja aparece este grupo que, embora afirmando crer em Jesus, continuava confiando em sua própria capacidade de guardar mandamentos e regras para ser salvo.
E ao longo da história eles aparecem muitas e muitas vezes, com nomes e formatos diferentes, mas sempre torturando os convertidos e tornando pesado o jugo que Jesus disse que é leve.
A confiança em obras e na observação de regras evidencia uma confiança na própria capacidade humana para salvar-se.
Entretanto, o verdadeiro cristianismo não é isto.
A fé em Cristo não despreza a Lei, mas entende que ela não tem o poder de salvar.
A Lei (e, de certo modo, todo o Velho Testamento), serve justamente para evidenciar a incapacidade do homem de cumprir os mandamentos de Deus.
Assim, a Lei serve para condenar.
É como um exame que mostra a doença. Como um raio “x”que mostra a fratura.
E o quê você faz quando um exame mostra que você está doente? Não vai procurar o tratamento?
É por isso que a palavra grega “evangelho” significa “boa notícia”.
Boa notícia por quê? Porque na Lei tínhamos uma sentença de morte. Por ela estávamos condenados. Ela revelou o “câncer” maligno que nos destruía e matava. Mas em Cristo “... vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9).
Quem não tem o câncer (ou acha que não tem) não se alegra com a notícia da cura encontrada, mas quem já recebeu a sentença e não tinha esperança, pode saltar de alegria.
A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Esta é a “boa notícia”.
E, se o próprio Deus, vendo que nós, mortais, não poderíamos ser salvos tentando nos livrar dos nossos pecados observando normas e fazendo obras de justiça... Sim, se o próprio Deus, vendo isto, enviou Jesus para nos salvar por seu sacrifício, transformar a fé em Jesus num conjunto de mandamentos e regras ou sujeitá-la ao judaísmo ou a qualquer outro ismo cheio de legalismo é uma verdadeira blasfêmia. É a teimosia do canceroso querendo curar-se com seus chás inúteis e desprezando a radical cirurgia de Deus.
Ainda hoje, dia a dia, a Igreja tem esta tendência de se encher de regras e normas para medir sua justiça, sem entender que estas mesmas regras e normas só irão produzir dor e auto engano.
Não quero pregar o antinomismo (vida sem regras) ou o liberalismo libertino (Judas 1.4), mas apenas lembrar que ser cristão não é ser judeu, nem fariseu, nem viver confiando em suas próprias forças. Ser cristão é andar com Cristo e obedecer-lhe, recebendo dele, nesta caminhada, o poder de ser como Ele mesmo é.
Obrigado, Senhor, por teu jugo suave... pelo fardo leve que agora carrego no lugar do peso que levaste para mim.
Show, papi!! Muito massa mesmo.
ResponderExcluirMassa Pr.Abração..e q Deus abençoe poderosamente!
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