segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Quero um coração convertido


Joel 2:12-13 ARA
(12)  Ainda assim, agora mesmo, diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto.
(13)  Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR, vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.

Resolvi tomar este texto como texto chave para 2013.

Gostaria de poder profetizar que 2013 será um ano ímpar (rsrs)... mas não posso, porque não sou deste tipo de profeta.


Pra ser sincero, eu não estou preocupado com 2013, porque se tem alguém que “não faz diferença entre dia e dia” (Rm 14.5), esse “cara” sou eu. 


Assim, embora eu creia que Deus faz dias mais marcantes em nossa vida e que devemos registrar e nos recordar do que ele faz, para mim, normalmente a passagem de ano é apenas a passagem de mais um dia. Nada mais.


E embora eu tenha que conviver com as convenções humanas, tais como a de determinar que um ano novo começa à meia noite de hoje (e eu nem sei porque fizeram esta tolice de mudança, já que o ano deveria começar, com nos tempos antigos, no dia em que começa a primavera, e ser definido pelas estações), sim, embora eu tenha que conviver com estes arranjos, não consigo supervalorizá-los. Daí, o máximo que posso fazer, é ir na onda e tentar aproveitá-la para mais um serviço a Deus.


E já que na nossa contagem ocidental (ou deveria eu dizer acidental?) um novo ano começa da virada de 31 de dezembro para 1º de janeiro, então o que eu faço é buscar estar na presença de Deus com o seu povo neste momento.


E faz alguns anos que eu sempre passo em vigília com a igreja e, no momento da virada estamos todos de joelhos, primeiro dedicando tudo ao Pai... Só depois disso é que saímos cumprimentando uns aos outros e desejando-lhes boas coisas. E isto não é uma lei. É apenas uma tentativa de lembrar ao povo que o Senhor é mais importante que os votos, os fogos e os afagos.


Sendo assim, como a gente então procura entrar na onda de “virada”, não deixamos de fazer os “balanços” do ano que passou e fazer propósitos ou estabelecer alvos para o novo ano. Tenho aqui em Salvador alguns irmãos, por exemplo, que estão completando nesta noite 10 anos de leitura bíblica anual... Parabéns para eles. E este é sempre um alvo que eu incentivo a igreja a fazer: ler toda a Bíblia em um ano ou, num outro plano, em dois anos.


Então, retomando o que eu disse acima, o que me preocupa não é fazer votos ou dar “profetadas” para 2013. O que me toma o coração não é o ano novo, pois envelhecerá tão rapidamente como chegou. O que eu desejo é o que possa de fato ser “novo” no ano novo e por toda vida.


E é aí que entra este versículo (de Joel 2.12-13), pois cada vez mais estou mais convencido de que as coisas só se fazem “novas” em Cristo (2 Coríntios 5.17).


Assim, mais uma vez, não podemos esperar que o novo ano traga coisas novas, mas devemos nos entregar àquele que faz novas todas as coisas pela força do seu poder.


Meu desejo profundo é me converter. E a minha oração é “converte-me, e serei convertido, porque tu és o Senhor, meu Deus.” (Jeremias 31.18), e “Converte-nos a ti, Senhor, e seremos convertidos” (Lamentações 5.21), e ainda “Cura-me, Senhor, e serei curado, salva-me, e serei salvo; porque tu és o meu louvor. E isto porque nem mesmo posso converter-me de verdade, portanto preciso ser convertido.


Confesso que, enquanto me alegro pelo crescimento que vi a Igreja ter nestes anos de ministério, choro ao ver tanta gente postando tanta frivolidade nas redes sociais e tanto sinal de falta de conversão no meio do povo de Deus.


Por isso quero mais o choro do que o riso, mais o quebrantamento do que a festa, mas a conversão do que a prosperidade, porque "com a tristeza do rosto se faz melhor o coração" (Eclesiastes 7.3). Mas não é muito "políticamente correto" desejar choro e tristeza pra minguém no ano novo. Por isso desejo-o para mim. 


E ainda que eu possa louvar a Deus e testemunhar da obra que ele já fez em minha vida, sei que ainda há muito mais a ser feito.


Li algo sobre o Pr. William Haslam (1817-1905) que, sendo pastor desde 1842, certo dia, em 1851, pregando uma mensagem sobre o texto de Mateus 22.42 (O que vocês pensam do Cristo), teve os olhos abertos pelo Espírito Santo para enxergar o Cristo de quem falava, e o coração aberto para crer nEle, e teve uma mudança tão impactante que alguém na congregação gritou: “O pastor se converteu. Aleluia!” e a igreja irrompeu em louvores. E a notícia correu rapidamente: o pastor se converteu através de sua própria mensagem em seu próprio púlpito. 


A partir daí ele pôde testemunhar que sua vida foi transformada, pois até então sua experiência com Deus resumia-se a rituais religiosos que aprendeu e praticou desde a infância.


Um grande avivamento que durou mais de três anos aconteceu naquela igreja e mais tarde este homem foi usado por Deus para levar muitos de seus colegas “pastores” a um relacionamento pessoal com Jesus.


Embora este seja um caso atípico, penso que deveria ser mais “típico”, pois a conversão não é uma mera decisão e nem se processa por completo num momento. Assim, é bíblico que precisamos nos converter.


Lucas 9:23-24 (ARA): Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.


É preciso “querer” seguir ao Senhor, e até mesmo isto vem dele (veja João 6.37 e 12.32). E o “seguir” começa com o dizer “NÃO” para si mesmo. Mas precisa continuar num processo diário e constante de tomar a cruz e segui-lo. É preciso “perder” a vida para salvá-la.


Mateus 7:13-14 (ARA):  Entrai pela porta estreita ( larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela ), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.


A porta não é o caminho. Após a porta vem o caminho. E só após o caminho é que vamos chegar.


Oh! que eu possa perder mais de mim e da minha vida em 2013 e ainda além... que eu possa levar a cruz e morrer para que Cristo viva em mim.


Converte-me, Senhor!


E se você quer o “novo” de verdade, faça comigo esta mesma oração.


Um 2013 convertido e pleno de Cristo para você!

domingo, 12 de agosto de 2012

Pais com dores de parto?...


Pois é... pais com dores de parto é uma experiência cristã.

"...meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós;" (Gálatas 4:19 ARA)

O apóstolo Paulo fala da experiência de paternidade espiritual mencionando seu esforço, sacrifício e dor para que os seus filhos na fé fossem aperfeiçoados na semelhança de Cristo.

Ser como Jesus, como diz John Stott em seu livro "Discípulo Radical", é o nosso alvo. E alcançar a maturidade em Cristo deve ser tanto nosso propósito pessoal como o do nosso ministério (serviço) em Cristo. Ou seja, nosso propósito deve ser "ser como Ele"  e levar nossos fihos (discípulos) a ser como Ele (Jesus).

Assim, falando aos pais biológicos, devemos lembrar-nos de que nossa paternidade não deve ter apenas o aspecto físico ou natural. Devemos ter o propósito supremo de conhecer ao Senhor e ser como Ele, mas também devemos exercer o papel "paterno" de levar nossos filhos ao conhecimento e semelhança com Cristo.

Do mesmo modo, nosso trabalho para o Senhor deve ter como meta o amadurecimento na semelhança com Cristo dos nossos "filhos espirituais" - aqueles que ganhamos ou adotamos como "discípulos".

Paulo não sofria para que seus discípulos fossem apenas como ele era, mas como ele era em Cristo.

Ser pai é, portanto, para nós cristãos, um trabalho de parto espiritual, no qual nos esforçamos e afadigamos (conf. Colossenses 1.28) para que nossos filhos conheçam e tenham tal relacionamento com o Senhor que se tornem como ele em tudo.

"o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo;" (Colossenses 1:28 ARA)

Portanto, pais, jamais nos esqueçamos de que nosso "trabalho de parto" deve ser intenso e consciente, para que tenhamos filhos que reflitam a glória do nosso amado Pai.

O trabalho de um pai é fazer com que os filhos sejam como "o Pai".

Feliz Dia dos Pais.

domingo, 8 de abril de 2012


Páscoa – Condenação e Salvação

Êxodo 12:1-13 NVI
(1)  O Senhor disse a Moisés e a Arão, no Egito:
(2)  "Este deverá ser o primeiro mês do ano para vocês.
(3)  Digam a toda a comunidade de Israel que no décimo dia deste mês todo homem deverá separar um cordeiro ou um cabrito, para a sua família, um para cada casa. ...
(6)  Guardem-no até o décimo quarto dia do mês, quando toda a comunidade de Israel irá sacrificá-lo, ao pôr-do-sol.
(7)  Passem, então, um pouco do sangue nas laterais e nas vigas superiores das portas das casas nas quais vocês comerão o animal.
(8)  Naquela mesma noite comerão a carne assada no fogo, juntamente com ervas amargas e pão sem fermento. ...
(11)  Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a Páscoa do Senhor.
(12)  "Naquela mesma noite passarei pelo Egito e matarei todos os primogênitos, tanto dos homens como dos animais, e executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor!
(13)  O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês estiverem; quando eu vir o sangue, passarei adiante. A praga de destruição não os atingirá quando eu ferir o Egito.

Êxodo 12:51 NVI
(51)  No mesmo dia o Senhor tirou os israelitas do Egito, organizados segundo as suas divisões.

João 1:29 NVI
(29)  No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

1 Coríntios 5:7-8 NVI
(7)  ... Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.
(8)  Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade.

A Páscoa judaica era comemorada no crepúsculo da tarde, antes da Lua Cheia, no dia 14 do mês de Abib (Nisã), que nunca coincide com nenhum dos nossos meses por ser o calendário judaico um calendário lunar. É no início da Primavera no hemisfério norte (nosso Outono). Às vezes cai em março, às vezes em abril.
A palavra “Páscoa” vem do grego   “paska”, que, por sua vez vem do hebraico   “pecach”. A raiz   “pacach” significa “passar por cima”, “poupar”, “saltar”...
Na verdade, tem este nome porque, depois de ter ferido o Egito com 9 pragas, naquela noite, Deus “passou” pela terra do Egito e destruiu os primogênitos e executou juízo sobre todos os deuses do Egito (vs. 12). E também porque “passou” por cima das casas onde havia o sangue do cordeiro na porta, de maneira que poupou a vida dos filhos que estavam naquelas casas.
(As pragas: 1. água em sangue; 2. rãs; 3. piolhos; 4. moscas; 5. peste nos animais; 6. úlceras; 7. chuva de pedras; 8. gafanhotos; 9. trevas.)

A Páscoa é profética e podemos ver nela a condenação do mundo e a salvação dos eleitos.
Nela podemos ver o sacrifício do Cordeiro que é Cristo, poupando-nos da condenação, e a sua ressurreição, dando-nos vida eterna.

1. O mundo está condenado (Ex 12.12)

Deus trará juízo e condenação sobre toda a Terra
“Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios.”  (2 Pedro 3:7 NVI)
“...por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.” (Colossenses 3:6 ARA)
“No passado Deus não levou em conta essa ignorância, mas agora ordena que todos, em todo lugar, se arrependam. Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos".  (Atos 17:31 NVI)

2. Há um meio de Salvação (Ex 12.13), o Cordeiro de Deus

A salvação é por meio de Cristo e do seu sangue.
e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos: Jesus, que nos livra da ira que há de vir.”  (1 Tessalonicenses 1:10 NVI)
“Ele foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitado para nossa justificação.” (Romanos 4:25 NVI)
No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”  (João 1:29 NVI)
Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos".  (Atos 4:12 NVI)

3. Esta salvação produz libertação e mudança total (11)

Quem experimenta a verdadeira Páscoa vive agora uma vida de santidade.
Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.’” (1 João 2:15-17 NVI)
Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento da sinceridade e da verdade.” (1 Coríntios 5:7-8 NVI)
Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor. Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça. Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis.” (2 Pedro 3:11-14 NVI)
Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”  (1 João 1:7 NVI)

É preciso estar sob o sangue de Cristo para poder ter certeza da salvação. E o sinal é que o “sangue nos purifica de todo pecado”, produzindo assim uma vida nova, que indica que estamos indo para o Céu.
Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” (1 João 3:3 NVI)

Margaret Sangster Phippen escreveu que nos anos 1950 seu pai, o evangelista William E. Sangster começou a notar um incômodo na sua garganta e uma dificuldade em uma das suas pernas. Quando ele foi ao médico, soube que tinha uma doença incurável que causava atrofia muscular progressiva. Seus músculos iam aos poucos atrofiar, ele perderia sua voz e a capacidade de engolir. Sangster se entregou ao máximo no seu trabalho de missões domésticas na Inglaterra, estimando que ele ainda podia escrever e teria ainda mais tempo para orar. "Deixa-me ficar na luta, Senhor" ele orou. "Não me importo não mais ser general, mas, me deixe apenas um regimento para liderar." Ele escreveu artigos e livros, e ajudou a organizar células de oração espalhadas pela Inglaterra.
Aos poucos, as pernas de Sangster perderam sua utilidade. Sua voz acabou por completo. Mas, ele ainda conseguia segurar uma caneta, tremendo. Na manhã de seu último domingo de Páscoa, poucas semanas antes de falecer, ele escreveu um recado para sua filha em que dizia: "É terrível acordar no domingo de Páscoa sem voz para proclamar "Ele ressuscitou!". Porém, mais terrível ainda seria ter uma voz e não ter nada a proclamar."  (Larson, Craig Brian, editor "Illustrations for Preaching and Teaching from Leadership Journal," Grand Rapids: Baker Book House, 1993, p. 64.)

Que maravilhoso podermos anunciar que Cristo vive e que, por meio de sua morte e ressurreição, vivemos uma vida nova para sempre.
Será que estamos vivendo uma vida de pureza e santidade para proclamar a salvação de Deus?