“...e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso
Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. (Apocalipse
7:10 ARA)
Dá pra imaginar alguém casado apenas com a
aliança mas sem esposa? Após a cerimônia ficou com a aliança e a levou para
casa. Trata muito bem. Dá polimento constante e conversa com a aliança. Tem
orgulho da aliança, exibe para todo mundo. Mas esqueceu a noiva no altar ou a
deixou em algum lugar qualquer.
Ridículo? Tolo? Impossível?
Neste domingo de Páscoa, na Igreja em
Salvador, teremos o privilégio de ter na igreja um café que costumamos fazer
juntos para, ao final, celebrarmos a ceia do Senhor.
A ceia foi estabelecida por Jesus na
preparação para o sábado pascal. Foi naquela noite antes do dia de Páscoa que
Jesus estabeleceu um memorial simples e profundamente significativo de sua
iminente morte e ressurreição. Você pode ler sobre isto em Mateus 26.26-30,
Marcos 14.22-26, Lucas 22.19-24, João, capítulos 13 a 17, 1Coríntios 11.23-26,
além de outros.
Para nós, cristãos, a ceia é a Páscoa
simplificada e trazida para o dia a dia da vida. É na ceia que declaramos nossa
fé em Cristo como o “cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (João 1.29) e que “morreu por todos para que os que vivem não vivam mais
para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2Coríntios 5.15).
Na Páscoa Jesus assume ser o cordeiro e nos
dá de si mesmo para sermos libertos da escravidão e da morte e entrarmos na
jornada de libertação e vida e nos deixa a ceia como um legado de memorial,
trazendo a Páscoa para qualquer momento, enfatizando a comunhão do seu corpo e
sangue como caminho redentor.
Entretanto, embora a Páscoa seja o memorial
da libertação da escravidão do Egito e a ceia seja o memorial da comunhão, não
são as datas e cerimônias que nos libertam e guiam pelo caminho da plenitude
com Deus.
Memoriais são úteis quando nos mantem em
comunhão com a pessoa que nos liberta e conduz. De outro modo, passam a ser
simplesmente cerimônias estéreis e destituídas de seu verdadeiro significado.
A Páscoa no mundo é como uma aliança sem
esposa ou marido. É apenas mais um feriado e oportunidade comercial. Ovos de
chocolate e tantos outros atrativos apenas servem para tirar o foco de Jesus e tentar
apagar a luz do seu sacrifício por nós.
Jesus, sim, é a Páscoa (passagem para uma
nova vida) e é com ele que a Páscoa, e a ceia, têm sentido.
Não perca Jesus de vista.
Feliz Páscoa!