terça-feira, 19 de julho de 2011

A vontade do Senhor


Atos 21:4-14
(4)  Encontrando os discípulos dali, ficamos com eles sete dias. Eles, pelo Espírito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusalém.
(5)  Mas quando terminou o nosso tempo ali, partimos e continuamos nossa viagem. Todos os discípulos, com suas mulheres e filhos, nos acompanharam até fora da cidade, e ali na praia nos ajoelhamos e oramos.
(6)  Depois de nos despedirmos, embarcamos, e eles voltaram para casa.
(7)  Demos prosseguimento à nossa viagem partindo de Tiro, e aportamos em Ptolemaida, onde saudamos os irmãos e passamos um dia com eles.
(8)  Partindo no dia seguinte, chegamos a Cesaréia e ficamos na casa de Filipe, o evangelista, um dos sete.
(9)  Ele tinha quatro filhas virgens, que profetizavam.
(10)  Depois de passarmos ali vários dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo.
(11)  Vindo ao nosso encontro, tomou o cinto de Paulo e, amarrando as suas próprias mãos e pés, disse: "Assim diz o Espírito Santo: ‘Desta maneira os judeus amarrarão o dono deste cinto em Jerusalém e o entregarão aos gentios’ ".
(12)  Quando ouvimos isso, nós e o povo dali rogamos a Paulo que não subisse para Jerusalém.
(13)  Então Paulo respondeu: "Por que vocês estão chorando e partindo o meu coração? Estou pronto não apenas para ser amarrado, mas também para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus".
(14)  Como não pudemos dissuadi-lo, desistimos e dissemos: "Seja feita a vontade do Senhor".

É importante notar como Paulo encarava as profecias.

Elas não eram diretivas para ele, mas apenas confirmativas.

Os profetas podiam dizer o que iria acontecer, e estavam cientes e conscientizando a Paulo e aos demais irmãos sobre os sofrimentos que viriam se ele fosse a Jerusalém.

Mas a questão que ocupava a mente de Paulo era se o Senhor queria ou não que ele fosse, apesar do sofrimento previsto.

Jesus também sabia que sofreria, e sua preocupação no Getsêmani não era fugir do cálice de sofrimento, mas se o Pai queria que ele fosse e se aquela era a sua hora.

A vontade do Senhor é prioritária. Sofrer ou livrar-se do sofrimento é questão secundária.

Paulo estava convicto de que era vontade do Senhor que ele fosse, embora soubesse que prisão e sofrimentos o aguardavam.

"Agora, compelido pelo Espírito, estou indo para Jerusalém, sem saber o que me acontecerá ali, senão que, em todas as cidades, o Espírito Santo me avisa que prisões e sofrimentos me esperam.” (Atos 20:22-23)

Assim, sabendo que iria sofrer, não fugiu do sofrimento amparando-se em profecias.

As palavras de conhecimento (revelações) dos profetas eram-lhe complementos, confirmações do que o Espírito Santo já lhe dizia.

Do mesmo modo, Ágabo, um verdadeiro profeta, apenas diz o que fariam a Paulo em Jerusalém. Mas não se atreve a dizer se Paulo deveria ou não ir. A decisão era de Paulo.

O verdadeiro profeta conscientiza seus irmãos do que irão enfrentar, mas não se considera senhor das decisões deles. Sabe que a verdadeira direção tem de ser dada ao discípulo pelo Espírito Santo.

A interpretação que os irmãos davam às palavras de conhecimento (revelações) dos profetas era de que Paulo não deveria ir. Isto porque eles interpretavam motivados pela estima e sentimentos que tinham por Paulo.

Mas Paulo sabia que deveria ir, mesmo a despeito do sofrimento que o esperava.

Assim, é preciso maturidade para entender as palavras proféticas e o discípulo não deve depender somente da palavra de outros para discernir a vontade do Senhor.

As profecias podem conter mandamentos, mas sempre serão complemento e nunca o meio principal da direção de Deus.

Ajuda-nos, Senhor, a discernir tua vontade e obedecer mesmo quando isto represente algo que não queremos.

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